Arriaga, Joaquim Pinto de Magalhães, Exame sobre o tratado relativo a bahia e territorio de Lourenço Marques concluido entre Portugal e a Inglaterra em 30 de maio de 1879

(Lisboa :  J. Allemant Frères,  1882.)

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Debates parlamentares sobre o Tratado
 

Nos dois ultimes dias da sessão pariaraentar de 1880, foi discutido o
parecer da coraraissão diploraatica sobre o Tratado de Lourenço Marques,

Na proposta que o governo apresentou na Caraara para a approvação
do Tratado, encontrara-se bera accentuadas estas raeraoraveis palavras: —
que altas razões de conveniência publica o obrigavam a solicitar do par¬
lamento a approvação do Tratado.

No seio da coraraissão, o governo sustentou a raesraa idéa, é foi por
este raotivo, que a coraoiissão diploraatica, n'ura parecer lacônico e em
poucas linhas, approvou o Tratado, sem dar á Caraara, no exarae que fi¬
zera, outras rasões, que não fôssera aquellas. e só aqueUas, que lhe rainis-
trou o governo.

Aberto o debate, e feitas alguraas perguntas, sobre ura, ou outro
ponto do Tratado, por quera á ultima hora o havia lido sobre o joelho^ o
ministro da pasta respectiva pediu a palavra, e disse, que elle não tinha
sido o negociador do Tratado; se o houvesse sido, não assignava aquelle
docuraento; raas que, encontrando o Tratado concluido pelo seu antecessor,
por dever do seu cargo o trazia á caraara para ser approvado ; que a parte
contraria era a Inglaterra, a nossa alliada e amiga, e que o paiz lucrava
raais era que o Tratado fosse approvado do que regeitado.

Até aqui o sr. rainistro Braracarap coraprehendeu o seu dever, pro¬
curando honrar ura acto do seu antecessor, que havia recebido ad referen¬
dum, raas que conveniências publicas ò obrigavam a completar, solicitando
do parlaraento a sua approvação.

Dei apoiados ao ministro, que tão nobremente procedia, explicando se
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